sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pequena reflexão sobre Realengo


Tocou-me muito o coração a situação da escola de Realengo, explico, não só pelas famílias das crianças em total desespero, como do homem que só podia estar em total fase de delírio para cometer tal ato. Os meus olhos se encheram de lágrimas e parei para pensar nos meus irmãos, famílias e amigos, imaginar isso acontecendo com as pessoas que tanto amo, me faz refletir na efemeridade da vida. Perderia o chão se acontecesse com alguma pessoa que eu amo. Até a canção Aquele abraço de Gilberto Gil, a parte que fala :
"O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!", parece ter perdido um pouco do sentido. 

Reparo no pouco valor dado as relações pessoais, na sociedade do tempo escasso, dos contatos superficiais, da vida girando em torno apenas das obrigações, às vezes me entristeço. E se um dia a vida for interrompida como a dessas crianças, o que vai restar?

Será que o que faltou a esse homem foi a presença da família, a atenção para os seus problemas mentais e razões para matar infundadas.
E as famílias? Destroçadas, perdidas, depressivas. É...o tempo não volta.

Só tragédias para nos lembrar o quão é importante as pessoas que estão ao lado. O teatro imprevisível da vida pode tirar repentinamente os atores e atrizes da peça. Posso estar sendo piegas, hipócrita (cometo os mesmos erros) ou  repetindo os pensamentos de tantas outras pessoas, mas aprecie as pessoas enquanto elas ainda estão nesse mundo. Não as deixe sem que saibam sobre o sentimento que tem por elas. Interaja nem que seja para saber das histórias convencionais.



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