quarta-feira, 3 de junho de 2009

(sem título)

Fico no mundo da lua
Esperando o chão me dar sustento
Os dias estão escuros
Já não tenho mais alegria ou contento
Cai a máscara, sobe o pano
O que me resta do passado?
A pura memória rasgada
de acontecimentos em preto e branco
com gosto de nostalgia recatada
Estou despedaçada, perdida em cacos
Espero a luz acender
Alguém vai me resgatar?
Que será de mim?

O ensimesmado

Era uma vez Eu que só pensava em si
Os seus olhos só enxergavam o seu próprio umbigo
Eu se mencionava em tudo
Eu se gabava por ter todas as qualidades
Só se preocupava com seus problemas
Eu apaixonou-se por ele mesmo
E ficou desiludido por não conseguir se conquistar
Pôrque metade pensava que o Eu era indigno dele
E a outra metade sequer via o Eu como pessoa
Eu foi ficando tão triste que morreu de solidão, apaixonado por si mesmo.