terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nota

Ps: tá, de uns tempos para cá, esse blog tá muito sentimental...parece que estou na terapia e esse aqui é o meu divã.Só uma fase, gente.
Estou preparando um texto à la Edgar Allan Poe, uma homenagem a ele, porque fiquei fascinada com a teoria da perversidade do ser humano.
E também outros de assuntos mais sérios um pouquinho.Em breve...aguardem.^^
Tá, não cumpri o prometido...perdi o papel do texto em algum lugar.O dia que eu achar, posto.

Motivos pelos quais a minha vida amorosa é uma piada...

Não é novidade meter os pés pelas mãos.Há quem diga que a minha vida é uma daquelas séries americanas.
É triste cair em si e não perceber que tudo o que quer está do seu lado perfeito ou não. A impressão que tenho é que as fantasias  e os contos de fadas parecem ter mais gosto de mel.
Você fica de lado para lado, se perdendo em amores irreais e pequenas desilusões para perceber que tudo poderia ter sido mais simples.
Que vestir a carrapaça de durona, pode não ter sido a ideia mais brilhante de todas
A sensação que tenho é que quanto mais difícil mais se torna um desafio para mim, lógico com um certo limite. Sou realista e se for inviável, uma hora eu desisto...
É difícil perceber que o mundo não gira em torno do umbigo, que sim você se importa, se preocupa, não cola a frase "Não me importo com você"
O impulso sempre foi o meu guru, no quesito vida amorosa, principalmente. Tive amores de alguns minutos, uma hora, uma semana, meses, anos, atrasos de vida, rolos eternos e pessoas que nunca vou esquecer.
Como diz o poetinha Vinicius de Moraes "Que seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure" é assim que quis levar a maioria dos meus romances.
Sempre fui extremista, há dias em que amo até os defeitos da pessoa, no outro não quero nem olhar para ela.
As vezes parece que sou bipolar...beiro o limite entre a histeria e a normalidade.
Parece que tudo o que vivi me tornou mais cética, mais protetora dos meus sentimentos e desejos. Sempre a espera da pessoa me decepcionar com algum ato.
Isso não faz bem....eu sei, quem sabe esse muro que criei ao meu redor, um dia desmorone.
Assim, espero.



 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sou assim...

Sei que não agrado a todos, tenho meus vícios, manias, fraquezas, qualidades, egoísmo... 

Tento sim roubar um pouco de todos para mim. Não, não tente enfiar uma ideia na minha cabeça que não me agrada, posso até escutar e entender o seu ponto de vista, mas isso as vezes não significa que concorde com você.
Confesso, sou egoísta quero sempre pessoas ao meu redor, mas ao mesmo tempo  não quero expor minha alma a qualquer pessoa.Escrever para mim é como uma terapia...a primeira recordação que tenho do contato com a escrita são dos meus toscos diários infantis. Em alguns dias, eu escrevia que apenas uma ida ao colégio, ou que eu odiava a minha mãe, ou por fim sobre algum  romancete de menina.
Numa análise fria, me pergunto: Em que me transformei?
Em meus ataques de cólera constantes, hesitações, conturbados sentimentos, certos devaneios de volúpia.
Sono desregrado, comida desregrada.

Parece que tem uma angústia no meu peito que não passa, não sei o que é, uma grande vontade de gritar, explodir, chorar, rir. Um misto de emoção que corroí a minha existência. Uma expectativa pelo desconhecido, uma frustração com a monotonia, um esgotamento embasado pelo tédio. A sensação que tenho é que se não viver no limite, inventar mil coisas para fazer, viajar, devorar livros, comidas diferentes, conhecer pessoas diferentes, me apaixonar setenta vezes sete mil, me jogar no mundo, parece que a vida foi uma grande página em branco.

Fotos, como eu as adoro. Todas tem um cheiro de vida grande. De como eu fui, como eu estou, como eram as roupas em determinada época, alguma espontaneidade, amigos antigos, amigos novos, desconhecidos intrometidos, olhares, sorrisos,abraços...ah se eu pudesse viveria a tirar foto de tudo que me circunda, principalmente das emoções mais sinceras.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

pt. saudações

Hoje em um breve momento de descontração com alguns colegas de faculdade bateu o peso dos 4 anos de curso...
Sim, peço licença para ser saudosista antes do tempo.
Esse é o último ano e isso parece dar um frio na barriga de mim e de todos que compartilharam esse tempo comigo.
Parece que foi ontem que eu tropecei no curso de jornalismo.
Já tinha arriscado outros cursos, até que o meu pai virou para mim e disse: "TEm certeza que é isso o que você quer?Não vai desistir de novo no meio do caminho?"

Tá, não nego. Essas palavras me deixaram assustadas e com algum peso de responsabilidade.
Aí lá vai eu
-Samantha, prazer.
-curso de jornalismo, prazer.
Feitas as devidas apresentações. Vi que tudo aquilo que discutimos me fascinava e também atiçava alguns outros como eu.
Não rotulando ninguém, mas só para recordar.
Tem aquela que esta sempre estressada. Tem a outra disposta a ajudar Deus, Raimundo e todo mundo. Tem aquele que tem a essência de poeta. Tem a que começa a contar histórias e demoraa horas, para concluir. Tem aquele do humor ácido e jeito intempestivo.  Tem aqueles que parece que caíram de para-quedas. Outros, esforçados e batalhadores que negocia daqui e segura dali para se formar. Tem a esforçada que sempre está a anotar as coisas. Aquele desajeitado, mas com alma de menino. Tem a turma que é fascinada com televisão. Outros são partidários e se envolvem diretamente com política.

Aquele outro com cara de lesado, mas espírito alegre. Outros que tem a cara de assessores de imprensa. Tem o que diz que tem problema, mas é esforçado e brilhante. Aqueles que lutam sempre para melhorar o texto. Os que se declaram apaixonados por cinema, documentário, os que mergulham nas ondas do rádio. Os que querem e tentam um curso melhor.

Aqueles que sonham escrever belos livros e serem grandes comunicadores sociais. A turma fissurada em diagramação e fotografia. E os que seguiriam por outros rumos antes do fim do curso....que não se encontraram dentro do jornalismo. Para não esquecer da dedicada que é um pouco mais jovem que os demais, e luta com unhas e dentes e é a caxias da turma.

E para não esquecer claro: os professores. Aquela que só fala de um tal de Nelson Traquina, Aquela outra que fala só no diminutivo com o aluno, aquela que desabafa e faz das aulas um misto de aprendizado e divã, aquela que parece que vive a 200km/h e tem uma certa agressividade na fala, aquele que só fala do tal do lead e parece que vive em outro mundo e sempre diz: O título reflete o olho e o lead. Aquele que diz que tudo conspira contra a opinião pública (brincadeira), aquela que fala de semiótica e de um tal de Peirce.

Aquela que olha o seu texto e sempre diz que tem que melhorar. Aquela que fala assim oh : ohh turrrrma, o Roquete Pinto, blá blá blá blá. Para não esquecer, aqueles que logo de cara falam: não se iluda, jornalismo não dá tanto dinheiro. Os que perceptivelmente tem tendência marxista, mas se negam.

Há também os que parece que vão tirar o sangue de cada aluno, e passam trabalhos que nem sabemos por onde começar...
Aquele viciado em redes sociais, os de humanísticas que nos levam a pensar na auto-imagem profissional, na sociedade e coisas relacionadas. Para não ficar de fora aquele que adora um bar e traz discussões importantes, faz um balanço da vida e afirma categoricamente: "Eu não gosto de dar aulas, gosto de pensar."

Tá, tudo bem. Você pode não gostar, mas de todo o certo e o errado e a variante indefinida do tempo. Você nos inspira a pensar.Que fique claro, tudo o que eu disse não são críticas, apenas boas recordações de um tempo proveitoso.

Sim, essa parece ser a última etapa para muitos de uma fase...muitos nos perderemos, seguiremos rumos diferentes, e outros tantos vamos esbarrar nessa linha complexa da vida. Foi um tempo de aprendizado, debates, brigas, convivência tumultuada,  descontrução de paradigmas, criação de outros, tropeços, queda da obrigatoriedade do diploma (quem nesse tempo não pensou, justo durante o nosso curso?), protestos em Brasília, viagens ao Festival Internacional de Cinema Ambiental , as cavalhadas em Pirenópolis, o chorinho no Centro de goiânia, a aula de fotografia no Parque Flamboyant

As vezes faltou mais mobilização para outras causas...talvez, não tenha sido o curso dos sonhos, para outros foi o pesadelo mais tenebroso, um tal apresentador diz por ai que certos confinados são nossos herois, discordo profundamente.

Herois, com H maiúsculo são todos que pensam e vivem de forma a torna o mundo um lugar melhor em pequenas atitudes. São aqueles que estão por trás de nós que fique sublinhado (os nossos familiares, amigos, maridos, mulheres, professores,colegas ) que alimentam as nossas almas e sonhos, aqueles que desfrutam dívidas, frustrações, conquistas do nosso lado. Herois são aqueles que tem ideais e vão traçando os caminhos para conquistá-los. (Tá, para varear, devo estar me excedendo e exagerando).

Que me perdoem os outros,não desmerecendo outras profissões, mas os meus herois estiveram ao meu redor, aprendendo a cada dia, batalhando por uma realidade ainda difusa nas nossas cabeças, lidando diariamente com o limite entre ética, moral e jornalismo.
A única coisa a dizer é pt.saudações(Ponto final e saudações) meus caros, não adeus como no título, um até logo. Espero acompanhar a carreira de todos. Sendo ligeiramente ansiosa e colocando um gosto de nostalgia, esse ano vai ter um gosto de agradecimento a vida e a vocês. Obrigado por essa aventura.