sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Doces noites perversas de verão

Ah o verão,
aquela sensação de bafo quente na nuca.
há dias em que o sol parece que vai rachar o chão de tão quente.
E pela noite que eu vago, a noite que se inicia com o por do sol
e a chuva de verão vem acalmar toda a quentura do dia.
Ah as madrugadas, nelas os amores se consumam
A perversidade da cidade está aflorada
A calmaria cobre com o seu manto negro o que de mais perverso acontece

ah doces noites de verão
Levanta os insones, dorme os inocentes
Esconde os vagabundos, as mulheres da vida,  os cachorros e gatos que caminham sorrateiramente
Traz os anseios escondidos a luz....cobre os pecados dos homens.

ah escuridão da vida boêmia, dos bares, das luzes amarelas.
como gosto de ti.
como me fascina desde os tempos áureos que incomodava minha mãe com grandes choros e soluços.
na adolescência me fazia passar por maus bocados no colégio.
na juventude traz a tona os pensamentos e as reflexões doces e sórdidas
e na velhice há de me acolher em um sono de uma vida toda de madrugadas, noitadas e bebedeiras.
Doce noite perversa de verão, como a ti estou fadada.

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