sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dias em que a cabeça trava - explicações


Não é difícil ter algo em mente para escrever, seja para o trabalho em Assessoria, na faculdade, a toa como escrevo nesse rascunho e compartilho as minhas alegrias, frustrações, tristezas,  reflexões.É um exercício que proponho quase diariamente, aplicando aquilo que li nos jornais. Mas ontem, parece que quando você está tentando lapidar um diamante e ele se despedaça na sua frente. Fica tudo tão sem graça.
Perde-se o tesão do momento inicial da escrita, a criação mental exaustiva,  o processo de filtro de tudo o que se ouve ou vê. Uma análise de percepção do ambiente que gira em torno da gente.

Sobra só um pensamento positivo, aquele de que o novo texto será melhor do que aquele planejado, arquitetado, organizado e reorganizado na disposição das palavras, sintaxe, concordância, uso de figuras de linguagem, de expressão, pensamento narrativo poético. Por um minuto, ou breve tempo, parece que a cabeça trava como um computador.
Dá aquele branco total, e agora?
Respira?Conta até 10?

Todas as idéias desnecessárias preenchem o cérebro, nesse momento tenso. Outro exercício que funciona é puxar e escrever o que vier primeiro, como se fosse um brainstorm publicitário. Organizar em caixinhas e manter o controle, quem sabe escrevendo o que devo fazer,  internalizo esses conceitos, como diria o educador Paulo Freire.

Isso foi só um desabafo....quem sabe, desbitola as idéias da cabeça.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meio sem inspiração por esses dias...então vou colocar um dos textos que mexeu comigo hoje. 
Annabel Lee
(de Edgar Allan Poe) 
  
Foi há muitos e muitos anos já, 
Num reino de ao pé do mar. 
Como sabeis todos, vivia lá 
Aquela que eu soube amar; 
E vivia sem outro pensamento 
Que amar-me e eu a adorar.  
Eu era criança e ela era criança, 
Neste reino ao pé do mar; 
Mas o nosso amor era mais que amor -- 
O meu e o dela a amar; 
Um amor que os anjos do céu vieram 
a ambos nós invejar.  
E foi esta a razão por que, há muitos anos, 
Neste reino ao pé do mar, 
Um vento saiu duma nuvem, gelando 
A linda que eu soube amar; 
E o seu parente fidalgo veio 
De longe a me a tirar, 
Para a fechar num sepulcro 
Neste reino ao pé do mar.  
E os anjos, menos felizes no céu, 
Ainda a nos invejar... 
Sim, foi essa a razão (como sabem todos, 
Neste reino ao pé do mar) 
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.  Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar, 
De muitos de mais meditar, 
E nem os anjos do céu lá em cima, 
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma 
Da linda que eu soube amar.  
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar; 
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar; 
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado 
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado, 
No sepulcro ao pé do mar, 
Ao pé do murmúrio do mar

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade de Imprensa e direito a dignidade da pessoa humana

tá...sou apenas uma estudante de jornalismo que leu poucas coisas a respeito de dignidade da pessoa humana prevista na Constituição Federal de 1988, mas estou lançando a minha visão recortada sobre esse assunto. Hoje fui a uma exposição de um trabalho sobre tal assunto.
Sei que o primeiro artigo e vários outros tratam sobre o tema, entendo e vejo que o retrato da mídia, as vezes, não é o correto, que toma posição de senhor da verdade, julga antes do veredicto final do Juiz.

Mas me atentei a um fato que os meus caros colegas futuros juristas e juristas já renomados, não se ocupam em discutir a mídia.

É fácil, criticar. O difícil é fazer o papel de mídia.
É fácil culpar esse ou aquele veículo de imprensa sobre tomar as rédeas de julgamentos, vários são os exemplos, mas um dos pontos primordias, ao meu ver, um conselho federal para a classe, esse é tomado como censura prévia por boa parte dos caros juristas.

O conselho, como o de Medicina, a Ordem dos Advogados, faria esse papel, não de censurar, mas de trazer uma reflexão social sobre o papel da imprensa, da divulgação da informação, do uso e abuso de imagens, só quem observa analiticamente e vive esse conturbado mundo, pode percebe essa necessidade gritante.

Mas, sou apenas uma quase jornalista....(um dia eu chego lá) refletindo sobre a discussão.

verborragia


Vontade de morder as nuvens
Ah se o céu estivesse perto dos meus dentes
Eu mordia vorazmente
Pedacinho por pedacinho
A cumbulus nimbus suntuosa
De formato assombroso
Traça o fim do verão
O renascer do Outono
Como num sopro do raiar da aurora
Meus gritos rangem com o nascer do sol
O barulho ensurdecedor do relógio
Marca o início de mais um dia.
Bom dia, a noite já se foi.

tenho por vocês um apreço imenso

cada vez que paro para refletir sobre a definição do termo amizade, me dá uma pontinha de felicidade e emoção.


O que de fato significa essa palavra?


bem, para mim é aquela coisa que vocÊ cria apreço por pessoas, se preocupa.
Tenta dar uma de irmã mais velha ou mais nova as vezes, ou apenas aluga os ouvidos para os problemas.
Troca confissões, faz planos de se ver, de viajar, se orgulha dos feitos dessa 
pessoa.

COnvive, briga, cuida, mostra os próprios erros desnudados, ouve os conselhos,  dá palpite sobre a vida sentimental,  profissional e eteceteras.


Os meus amigos são pedaços da minha essência,  partes indecifravéis de bons e maus momentos. As vezes a vida afasta momentaneamente, seja por objetivos e sonhos particulares, mas o afeto e o carinho de cada segundo vivido perto de todos eles, me fazem feliz.


Têm aqueles que o contato é difícil....o tempo não ajuda a compartilhar os dias.


Amigos, vocês são os meus irmãozinhos tortos, adotados de todo coração. As vezes, parece difícil demonstrar e dedicar o tempo que precisam, mas saibam cada momento, sorriso, choro, conversa são únicos, estão impressos na minha história.


Obrigado por existirem. 



sexta-feira, 22 de abril de 2011

metade de mim te deseja com todo coração
a outra parte incessantemente foge

metade de mim são extensas declarações
a outra parte prefere o silêncio

metade de mim aceita tudo e luta
a outra discute e não admite o quão gosta

metade sonha com você do lado
a outra parte fala que tudo isso é ilusão

metade decidi ir atrás de você
a outra parte pensa em morar fora do país

metade de mim acredita nos seus sentimentos
a outra fala que é tudo mentira

metade de mim te ama
a outra tem raiva eterna

metade de mim sorri, por você existir
a outra parte também não resiste

metade de mim estremece ao ouvir sua voz
a outra parte fica boba, sem saber o que dizer

metade de mim sonha
a outra metade desconstroi a imaginação

metade quer continuar a viver no passado
a outra está no presente e desacredita na história

a metade que desiste é a razão
a outra que insiste é o coração
e agora, José?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Você é a minha dose diária de veneno.
O céu e inferno.
A minha paz e o grau de entropia.
A página que nunca vai virar e nem virou na vida.

A minha cólera reprimida, a explosão de sentimentos, o desespero.
O yin e o yang.
Aquele que me desestabiliza, me provoca amor e raiva.

É a calmaria e a ressaca do mar.
O casamento de sol com chuva.
A pontada de esperança, e a faca da morte.

A estaca pregada no meu peito.
O olho do furacão.
O segredo
O desejo.

O que mais quero.
O meu chão
A vertigem.
O doce e o amargo da língua.
A íngua do cavalo.
O disparar do coração
O traçado da mão

POr ti aguardo, guardo o resto dos meus dias para ti.
Ela dorme, ele a observa.
Como num tango de passos marcados,  o movimento dos dois parece ser sincronizado.
Ele a abraça,  ela sorri dormindo.
A meia luz define a silhueta dos corpos nus, no calor da alcova.
Ele escuta a respiração dela e a acaricia.
Ela então dá mostras de que está sentindo.
O cheiro de amor desfrutado.
O pecado da carne entre os lençois brancos.
A cama, mas parece um guardanapo amassado...
O ar envolta a noite dos que amam...
A taça de vinho a beira da cama é a prova do dia anterior. Ela de cócoras, nua em pelo...Ele apoia o rosto com um abraço e alisa as costas dela.
Ela então abre os olhos...e vê que não há nada ao redor.
Sim, era um sonho, o presságio da espera do seu retorno.

sábado, 16 de abril de 2011

Apenas uma homenagem ao Grande Mestre Gabriel García Márquez

Hoje não vou me arriscar com as palavras, mas sim dedicar a vocês, um dos meus textos favoritos...deliciem-se, pessoas.

A melhor profissão do mundo 
Gabriel García Márquez 

"Há uns cinqüenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar." 

"Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram." 

"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso. 

A prática da profissão, ela própria, impunha a necessidade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor profissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presidente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário. 

A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social. 

O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, parecem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condições mais importantes: a criatividade e a prática. 

Em sua maioria, os formados chegam com deficiências flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortografia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial. 

O mais grave é que tais atentados contra a ética obedecem a uma noção intrépida da profissão, assumida conscientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sentem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida. 

É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro. 

Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante. 

Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento. 

Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da verdade é impossível em menos de seis, que lhes encomendam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo. 

'Nem sequer nos repreendem', diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compassivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia. 

A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minuciosa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos." 

"O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entrevista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos redatores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe. 

Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anotações, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício. 

Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário. 

Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro. 

O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde. 

Um grupo de jornalistas independentes estamos tratando de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência piloto com jornalistas novos para trabalhar em alguma especialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão." 

"A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que reproduzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. 

Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ard
or do que nunca no minuto seguinte." 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pequena reflexão sobre Realengo


Tocou-me muito o coração a situação da escola de Realengo, explico, não só pelas famílias das crianças em total desespero, como do homem que só podia estar em total fase de delírio para cometer tal ato. Os meus olhos se encheram de lágrimas e parei para pensar nos meus irmãos, famílias e amigos, imaginar isso acontecendo com as pessoas que tanto amo, me faz refletir na efemeridade da vida. Perderia o chão se acontecesse com alguma pessoa que eu amo. Até a canção Aquele abraço de Gilberto Gil, a parte que fala :
"O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março
Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!", parece ter perdido um pouco do sentido. 

Reparo no pouco valor dado as relações pessoais, na sociedade do tempo escasso, dos contatos superficiais, da vida girando em torno apenas das obrigações, às vezes me entristeço. E se um dia a vida for interrompida como a dessas crianças, o que vai restar?

Será que o que faltou a esse homem foi a presença da família, a atenção para os seus problemas mentais e razões para matar infundadas.
E as famílias? Destroçadas, perdidas, depressivas. É...o tempo não volta.

Só tragédias para nos lembrar o quão é importante as pessoas que estão ao lado. O teatro imprevisível da vida pode tirar repentinamente os atores e atrizes da peça. Posso estar sendo piegas, hipócrita (cometo os mesmos erros) ou  repetindo os pensamentos de tantas outras pessoas, mas aprecie as pessoas enquanto elas ainda estão nesse mundo. Não as deixe sem que saibam sobre o sentimento que tem por elas. Interaja nem que seja para saber das histórias convencionais.



Ai..ai

Minhas pernas enroladas as tuas
 É  assim pelas ruas
passo as noites a imaginar-te


Os meus braços enlaçados ao teu pescoço
O seu hálito perto do meu corpo
Nos sonhos, afasto-me

Mas, a alma teimosa se entrega
Em desespera
Afligindo-se

Se desnuda do véu
Espera ao léu
Amar-te.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Então...ela se entregou, depois do primeiro olhar.
Não via mais sentido na vida, sem aquelas doces bilocas perto dos seus olhos.
Proibiu-se de se apaixonar de novo.
Não sabia como agir, nem o que pensar.
Você decifrava com ternura, enquanto eu relutava em esconder.
Era inevitável
Ela acreditava tudo ser uma ilusão, ele afirmava ser verdade
Sorria com os olhos, abraçava com as pernas....
Ai de ti...ai de mim...
Quantas vezes nos apaixonamos pela mesma pessoa?

domingo, 3 de abril de 2011

Maniacamente bipolar.

Tá....
Como eu escuto direto que sou bipolar, decidi pesquisar sobre o assunto.
O transtorno afetivo bipolar, a definição que se têm é a alternância de estados depressivos com maníacos.OA faixa encontrada para esse tipo de transtorno é entre os 20 e 30 anos, mas pode atingir pessoas de outras idades. É divido em dois : o tipo I e o II.
                                                                    "O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os          episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Outros tipos foram propostos por Akiskal, mas não ganharam ampla aceitação pela comunidade psiquiátrica. Akiskal enumerou seis tipos de distúrbios bipolares."
fonte :http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm
  
Então, segundo essas informações e outras informações do site, esse transtorno traz uma variação de humor acelerada, de momentos de euforia e outras de irritação profunda.
" Há pacientes que só apresentam fases de mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares. O termo mania popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente falando em psiquiatria significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria e exaltação injustificada.
O transtorno de personalidade, especialmente o borderline pode em alguns momentos se confundir com o transtorno afetivo bipolar. Essa diferenciação é essencial porque a conduta com esses transtornos é bastante diferente."

Ps: depois termino o texto....explico o porquê de citar esse assunto aqui.
Voltando ao assunto...
não, não sou bipolar, gosto de mais da minha vidinha pra acabar com ela, em momentos de depressão profunda, como citado no texto. No máximo, sou considerada bipolar, porque hajo por impulso, mas tenho uma vida normal, e sou feliz dentro do possível.  

sábado, 2 de abril de 2011

Eu e o besouro voador

Não, não tinha levado em conta que morar só, acarretava alguns desafios...
Ontem, já há algumas horas da noite, estava eu distraída, sem televisão, ainda.
A observar, ouvindo algumas músicas no computador.
De repente, recebo a visita voadora....que ao invés de bater a porta, já invade pela janela.
Primeiro nos encaramos, depois de algum tempo tento pegá-lo desprevenido , ele avança sob o meu rosto.
Tento expulsá-la com as mãos, ele investe para cima de mim.
Não gosto de matar bichinhos, mas ele testou a minha paciência.
Lá vai eu, na ridícula cena de correr atrás do besouro, com a chinela na mão.
Cerco ele de um lado, solto um sorrisinho daqueles que diz : "agora, já era pra você."
Ele então parece sorrir também e ao invés de ficar com medo de mim,investe de novo no meu rosto.¬¬
Mas, eu não desisto.
E fico a correr de um lado pro outro atrás do besouro voador...
até que ele como se zombasse de mim, sai pela janela do mesmo jeito que entrou.