quarta-feira, 30 de março de 2011

Quadrilha às avessas

Me desculpe o poeta Carlos Drummond, mas reli seu poema sob a ótica feminina contemporânea

Maria que amava Pedro,
Ela também sentia um amor adormecido por Sílvio, que era casado com Antonia.
Um dia acordou e se sentiu apaixonada por José.
Teve uma desilusão passageira de alguns anos com Carlos.

Frustou-se por meses com João.
Descobriu o significado da palavra prazer nos braços de Gabriel.
Teve uma paixão loucamente ciumenta por Paulo.

Por uma época, se desiludiu com os homens
Então, largou isso de romance pra lá e foi trabalhar.



Debruço meus olhos sobre ti
Espero por esse momento único
Como uma menina a espreita de uma boneca nova
Fugi....ah como fugi de ti.
Lutei e relutei comigo, todos esses anos.


Passei por uma década de sentimentos
Histórias, paixões, amores senis, ocasos infindáveis
Mas parece que o acaso da vida luta por nós
Prende-me a ti, como um ímã a uma peça de ferro

Como um baralho de cartas marcadas,
dados viciados ou uma dança ensaiada me lançam a ti
Tudo leva-me a teus braços


Sensação de andar numa roda gigante
Ou ser a modelo de um jogo da morte com facas
Aposto no tarot
Para enganar a vida e dar uma olhada no futuro
Ele me engana, distorce as novidades

Melancólica e angustiada me sinto
Você diz: “Eu te amo”
Eu digo : “Sempre te amei...”