sexta-feira, 27 de maio de 2011

O doce amargo das despedidas


Sempre me incomodou e muito dizer adeus, a pessoas, a manias, a fases, a parentes, a pessoas que vão dessa vida.Optava e opto por um até logo, ou te vejo em breve, mas a ideia de não as ter por perto, pertuba-me. Sou forte para muitas coisas, dor, machucado, fim de romances, mas parece que o fato de romper os laços de vez, me incomoda de uma forma única.

Quando as pessoas mais próximas morrem, por mais distante que seja a relação, sempre penso: poxa, nunca mais vou ouvir a voz, o sorriso, o brilho no olhar, a pessoa se mexendo, brigando, rindo, conversando, andando pelos cantos dos lugares, contando mentiras ou verdades. Parece que quando a pessoa se vai de uma vez, um pedaço das experiências que tivemos juntos, vai com ela...

Até as despedidas momentâneas como um até logo a mãe ou ao pai, um adeus a um amigo querido, a avó, parece que desponta aquela pontadinha de vazio.No fundo acredito ser medo de não as ver novamente, não que desejo que isso aconteça, mas porque a vida é efêmera o bastante, para quebrar alguns laços cotidianos.

Mesmo aquelas que você pede a pessoa para que não te procure nunca mais, ou simplesmente desaparece da rotina delas, desponta uma pitadinha de amargura por não ter a presença ou o incômodo das vivências.

Ah, como eu dispenso e fujo das despedidas...se pudesse nunca diria um adeus, a maioria não entende o porquê evitar tal retirada silenciosa. Àquela saída à francesa, muitos a tomam como rude ou egoísta, enfim penso ser só um modo de não cortar os laços, de evitar o adeus, de dizer nas entrelinhas um te vejo logo mais.

Um comentário:

  1. Querida Samanthinha,
    Também não gosto de despedidas. Já ocorreu-me de despedir-me de alguém muito especial sem saber que era pra sempre. Isso marca muito mesmo. Um grande abraço, linda! Sucesso e sorte sempre pra você e muita garra para a vida!

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