sábado, 8 de novembro de 2008

Redoma de vidro


Quadro de peças desmontadas, desconcertadas
Vejo a minha imagem no espelho e não reconheço-a como minha
Onde será que perdi?Que me perdi?
O meu caminho parece uma montanha
Miro o céu para me orientar
Desce a lágrima dos meus negros olhos
Aonde estou que se não nesse porão imundo e vazio
De cabeça e corpo encolhidos para ninguém me achar
Sigo, mas sempre olho para trás
Cadê aquela felicidade que existia no meu coração
Perco-me cada dia mais...e mais.
Rodo, recolho-me pelos cantos das paredes escuras como um rato faz no esgoto
Caio num buraco sem fundo
Não grito, apenas penso ser um alívio.
Espera, não vá.O dia ainda não acabou.
Os seus piores pesadelos, seus fantasmas moralísticos vão te pegar, te amordaçar.
Quem dera ter asas e ser um espírito livre...
A corda já aperta as minha veias do pescoço
O meu capataz olha e sorri com os olhos de quem acompanha a minha vida se esvaindo.
Não suporto a vida...não é essa a visão que eu tinha de viver.

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